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sábado, 20 de agosto de 2011

A Rainha do Castelo de Ar

Trilogia Millennium
O último e terceiro livro da Trilogia Millennium começa com a nossa intrigante personagem Lisbeth Salander internada em um hospital incomunicável, depois de ter levado um tiro e sido enterrada viva por seu pai e seu meio irmão.
O SuperBlomkvist e a sua Távola Biruta (grupo formado por aqueles que acreditam na inocência de Lisbeth) iniciam uma minuciosa investigação para provar que Lisbeth não é apenas inocente, mas uma vítima do poder público, que negligenciou por anos a fio os maus tratos sofridos por sua mãe, apenas para proteger um segredo de estado, considerado mais importante que a vida daquela mulher e suas filhas.
Nesse livro fica claro pra mim que o autor tem a todo momento o desejo de nos contar sobre Camila a irmã gêmea de Lisbeth, mas ele se detêm, provavelmente pensando que seria melhor deixar essa tensa relação para um quarto livro, que infelizmente não aconteceu e provavelmente não acontecerá, já que ele morreu e sua esposa que detêm os manuscritos desse suposto quarto livro não dá sinais de querer trabalhar nele.
Mesmo contra todas as chances Lisbeth sobrevive e se recupera perfeitamente. E assim começa a parte mais interessante do livro: o julgamento.
É a transição mais importante da vida de Lisbeth Salander que passou toda sua vida sendo tutelada, ela tem de descobrir que com a liberdade vem toda a responsabilidade. Até então ela nunca se importou muito com seus atos, ela sempre soube que não poderia ser responsabilizada por eles, mas agora tudo mudou ela será responsabilizada por cada ação ou palavra.
O livro é pulsante até o último minuto, Lisbeth se depara com uma situação complicada, ela tem a chance de deter mais um homem que odeia as mulheres e que tem o enorme desejo de vê-la morta. Mas matar ele traria   consequências desagradáveis para ela, que ela não é mais tutelada, tendo portanto que responder por esse crime como qualquer outra pessoa, mas deixar ele ser apenas preso, significa que ela deixará sempre em aberto a chance de ele matar outras mulheres e inclusive ela mesma. 
Lisbeth Salander sempre teve uma noção de moral muito interessante, ela odeia os desonestos, corruptos, assassinos e os homens que odeiam as mulheres. Lisbeth é uma anarquista em sua essência social.
O livro termina com Lisbeth e Mikael juntos no apartamento dela, mas apenas como amigos (sem sexo). Lisbeth parece ter chego na conclusão, que já não doía mais estar perto do homem que ela amava (ou ama) e Mikael está tentando levar uma relação séria com uma personagem que surgiu nesse último livro Rosa (uma policial que ajudou nas investigações e salvou a vida dele).
O livro termina deixando uma sensação forte de que teria mais, o que me faz pensar que o Mikael provavelmente não ficou com a Rosa, que Camila apareceu e transformou a vida de Lisbeth num inferno (é óbvio que o Mikael faz parte desse inferno).
Espero não ter dito muita bobagem...

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